Uma colaboração real. Uma parceria de longo prazo.
Por um lado, proporcionou a renovação da frota dos caças que vão manter a soberania e a segurança dos céus do país pelas próximas décadas, por outro, deu início a um dos maiores programas de transferência de tecnologia da história do Brasil beneficiando a Base Industrial de Defesa.
A história do Programa Gripen brasileiro começou em 2013, quando a Saab venceu a concorrência do Programa F-X2, destinada à substituição da frota de aeronaves de caça da Força Aérea Brasileira (FAB). O processo que elegeu o Gripen como o melhor caça para integrar a linha de frente de defesa do Brasil, ao mesmo tempo em que beneficiaria a indústria nacional com conhecimentos e tecnologia para longo prazo, foi extenso e foi concluído após muitos estudos.
Em outubro de 2014, foi firmado o contrato com o governo brasileiro para o desenvolvimento e a produção de 36 aeronaves, sendo 28 Gripen E (monoposto) e 8 Gripen F (biposto). As unidades deverão ser entregues até 2027, mas as expectativas são de que a parceria entre a Saab e o Brasil tenha uma vida longa, por meio de uma ampla transferência de tecnologia que está capacitando o Brasil a desenvolver, produzir e manter caças supersônicos no país, ao longo de toda a vida útil nos próximos 30 ou 40 anos.
O contrato de 39,3 bilhões de coroas suecas (SEK) inclui além das aeronaves, suporte logístico, sistemas de suporte e equipamentos relacionados, treinamento, armamentos e um acordo de cooperação industrial.
Através de um extenso Programa de Transferência de Tecnologia, junto com a Embraer, Akaer, AEL Sistemas e as subsidiárias da Saab no país, capacidades foram criadas no Brasil para o desenvolvimento, teste, produção e manutenção do mais avançado caça multimissão do mundo, aqui no Brasil.
O Brasil tornou-se protagonista no desenvolvimento de um caça para atender às suas necessidades diante das ameaças presentes e futuras do cenário de combate do século 21.
A Embraer tem um papel de liderança como parceira estratégica no programa Gripen. Como parte do plano de transferência de tecnologia, a indústria brasileira tem uma importante atuação no desenvolvimento, ensaios em voo e produção das aeronaves.
A planta da Embraer em Gavião Peixoto foi equipada com uma infraestrutura vital para o Programa Gripen, que inclui: o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (ou GDDN da sigla em inglês); o Centro de Ensaios em Voo do Gripen (ou GFTC da sigla em inglês) e a linha de produção da aeronave.
A Saab fez investimentos em uma planta própria em São Bernardo do Campo, município da Região Metropolitana de São Paulo que integra o Grande ABC paulista. Em 2018 a empresa inaugurou a fábrica de aeroestruturas do Gripen, responsável pela produção do cone de cauda, freios aerodinâmicos, fuselagem traseira e a fuselagem dianteira para o Gripen E.
Em 2020, o primeiro Gripen E brasileiro chegou ao país e desde então, vem executando ensaios em voo na Embraer, em Gavião Peixoto. As primeiras aeronaves operacionais desembarcaram no país em abril de 2022. Em novembro do mesmo ano, teve início no 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), na Base Aérea de Anápolis (GO) as operações do Gripen.